Páginas

NÃO DEIXE A FELICIDADE, ENCONTRE-Á, PERTO ESTA DE VOCÊ!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Veríssimo: "Dez coisas que levei anos para aprender"

Luís Fernando Veríssimo


Publicada por Vitor Marques



1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. 

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance. 

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca. 

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida. 

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite. 

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual A raça humana ainda não atingiu todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões". 

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental". 

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito. 

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic
.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Aprendi" - William Shakespeare

_________________________ 
Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi...Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.
Aprendi que perdoar exige muita prática.
Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.
E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.”

Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera; 
Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você; 
Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas; 
Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda; 
Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu. 
Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar; 
Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito; 
Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a; 
Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cristaleiras

O antropólogo e filósofo de renome  internacional nos brinda com uma sutil e profunda reflexão acerca de nossa risível percepção de sociedade e cidadania.
Vale muito a pena ler e refletir.


Cristaleiras
Roberto DaMatta
O Globo 

Nosso universo social se divide em bens e serviços e, na categoria dos bens, há os móveis e os imóveis. Os primeiros vão da camisa (que, dizem os sábios, só precisamos de uma unidade para sermos felizes) ao automóvel, a casa e a conta bancária que fala daquilo que permeia - como as orações no mundo religioso e o favorecimento partidário no político - tudo. Sobram, é claro, os "móveis" que fabricam a paisagem da casa e são o foco ou a imagem central - símbolos como diriam Geertz, Victor Turner ou Lévi-Strauss - do que chamamos de "propriedade privada". Pois quase sempre começamos nossas vidas de casados comprando os móveis (a cama e a mesa) da casa para depois completarmos o seu interior com poltronas, armários, aparadores, guarda-roupas, criados-mudos e esse objeto impar e, até onde vai minha enorme ignorância e vã e superada antropologia, as cristaleiras. 

Eu só tive consciência desse móvel quando fui aos Estados Unidos e verifiquei que os americanos davam mais valor às suas vastas e confortáveis poltronas e estantes do que a esse repositório de "cristais", situado justamente num local de destaque nas salas de jantar ou em outros espaços nobres das residências. Ali, conforme num certo dia nebuloso, perdido no vasto labirinto da minha memória, mamãe (e não papai que estava mais ligado na primeira gaveta do seu guarda-roupa, a única trancada e com direito a chave de nossa casa) dissertou sobre cristais da Baviera e da Boêmia, pegando com extremo cuidado terrinas e xícaras de chá tão finas quanto papel, que teriam vindo da China e seriam a única herança de vovó Emerentina. Uma herança obviamente passada por linha materna (de mães para filhas) tal como canetas, relógios e revólveres passavam de pai para filho. Um belo exemplo de descendência paralela que, por motivos que não posso detalhar aqui, faz parte da minha vida intelectual. 

O fato é que na América sempre tocquevileana não existiam essas um tanto ostensivas cristaleiras feitas de vidro e espelhos, um móvel que lembra uma catedral, uma caixa de joias e os cetins que envelopavam (revelando, contudo) o corpo das mulheres. Objeto destacado da casa a ser visto, admirado e eventualmente aberto com extremo cuidado para visitantes ilustres ou ocasiões preciosas como aniversários, mortes e casamentos - os grandes ritos de passagem que marcam as nossas vidas. Dir-se-ia que a vida marcada pelo ascetismo laico calvinista e pela religiosidade cívica rousseauneana bloqueava essas demonstrações ostensivas de coisas preciosas, já que, para eles, o viver para dentro era mais importante do que essa vida cristalizada para os outros (sobretudo para as visitas importantes ou de maior prestígio), como é o nosso caso. Vi muitas cristaleiras na minha infância e juventude e, quando casei, compramos a nossa, que imitava o móvel dos nossos lares de origem. Nossa cristaleira foi inaugurada com um singelo conjunto de cinco pequenas taças de cristal da Boêmia de tonalidade vermelha e hastes leves e delicadas como as pernas das bailarinas. Taças que, com o devido elixir (no caso, o vinho do Porto) ajudam a produzir esses sonhos que são a matéria de nossas existências. 

Um dia, numa discussão acalorada entre professores mais velhos, ouvi de um deles o seguinte: "O Fulano procede como um macaco em cristaleira!" Jamais ouvi definição melhor daquele colega que por qualquer coisa, usava um canhão para matar um passarinho e fazia uma tempestade num copo d"água, numa descalibragem tão recorrente nos sistemas autoritários, de Estado forte, nos quais a cleptomania se legitima em cleptocracia como faz prova hoje em dia a nossa elite política enriquecida e, mais que isso, aristocratizada com o dinheiro dos nossos impostos que segue diretamente não para obras públicas, mas para as suas cristaleiras. 

Nas casas tradicionais do Brasil, as cristaleiras representavam - ao lado do branco dos vestidos das noivas e da limpeza impecável da casa - a pureza das mulheres; e a mulher como símbolo maior da pureza. Como figura situada entre os anjos e os homens, por contraste com as que (sem casa e cristaleira) dialogavam com as forças satânicas que, entretanto, permitiam o teste e demonstravam a existência desse dom complexo chamado de "liberdade" que nos foi dado por Deus na forma do livre arbítrio. Dom sem o qual faria com que tudo fosse determinado e justificado, tirando o mérito das escolhas e impedindo que o mundo tivesse significado. Pois o problema não é a cristaleira, mas a inefável transparência que a constitui, deixando ver em dobro tudo o que colocamos dentro dela

No plano coletivo, sou inclinado a sugerir que a cristaleira de um país é o seu governo e, no seu governo, o seu ParlamentoA tal transparência tão invocada pelos mais atrasados coronéis que hoje mandam na nossa riqueza, gastando-a com nomeações de partidários e familiares.Transparência que é, de fato, uma mera palavra de ordem para encobrir os moveis de chumbo de um Brasil sem crítica, sem contraditório político, sem - enfim - igualdade e transparência. Esse translúcido móvel feito em vidro e espelho que permeava as casas que, como a República e a Democracia, guardava pureza, honra, compaixão e uma honestidade que sumiram da política nacional.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Índice da construção civil fica estável em janeiro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou em janeiro variação de 0,27%, resultado praticamente igual ao de dezembro do ano passado, quando o índice foi de 0,26%.

Os números da pesquisa, divulgados hoje, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram ainda ligeira queda no custo nacional da construção por metro quadrado, que passou de R$ 769,06 em dezembro para R$ 768,44 em janeiro. Desse total, R$ 436,29 são relativos aos materiais e R$ 332,15 à mão de obra.

De acordo com a pesquisa, a parcela dos materiais registrou em janeiro variação de 0,32%, recuando 0,11 ponto percentual em relação aos 0,43% apurados em dezembro. Já a mão de obra teve aceleração de 0,15 ponto percentual, passando de 0,05% em dezembro para 0,20% em janeiro.

Os reajustes salariais no estado do Piauí fizeram com que o Nordeste apresentasse a maior alta regional do índice em janeiro (0,46%). Nas demais regiões, as taxas foram de 0,37% (Norte), 0,21% (Centro-Oeste), 0,16% (Sudeste) e 0,14% (Sul).

Além do Piauí, onde o aumento salarial decorrente de um acordo coletivo elevou o índice da construção civil em 4,19%, o Tocantins apresentou variação significativa, pelo mesmo motivo, com alta de 3% na taxa.
publicado por: Yaundé Narciso

Fato inédito no RS: juiz é demitido por conduta imprópria

Pela primeira vez um magistrado do Judiciário gaúcho é demitido. O juiz Marcelo Colombelli Mezzomo, da Comarca de Três Passos, recebeu pena de demissão em processo administrativo disciplinar (PAD) por conduta incompatível com as funções de magistrado. A decisão unânime é do Órgão Especial em sessão pública ocorrida nesta segunda-feira, 07. 

O juiz havia sido nomeado em 25/6/2007, mas estava afastado da jurisdição desde 1º/7/2010. O magistrado havia encaminhado pedido de exoneração, que foi sustado até o julgamento pelo TJ.

O procedimento disciplinar teve início a partir de registro realizado na Delegacia de Polícia de Três Passos. Segundo o relato das vítimas, o magistrado teria comparecido a uma sorveteria nas primeiras horas da manhã do dia 29 de maio de 2010 e feito comentários e elogios impróprios à nora da dona do estabelecimento, com comportamento visivelmente alterado. O esposo da proprietária foi chamado a fim de reiterar o pedido para que o juiz deixasse o local.
O magistrado negou os fatos, afirmando ter dito apenas que a moça era muito bonita. Para o relator do processo, desembargador Luiz Ari Azambuja Ramos, a certeza dos fatos noticiados está alicerçada na firme versão das proprietárias da sorveteria. Salientou que não parece razoável a possibilidade de que as ofendidas fossem fantasiar uma situação inexistente, mesmo sabendo posteriormente que estavam acusando um Juiz de Direito da Comarca.

O relator também enfatizou que o juiz já havia sofrido pena de censura em processo administrativo por envolvimento em acidente de trânsito e respondia a diversos outros processos por conduta inconveniente. Ele concluiu que a conduta pessoal do juiz foi incompatível com o exercício da magistratura, votando pela pena de demissão.
publicado por: Luana Rodrigues

fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul