Páginas

NÃO DEIXE A FELICIDADE, ENCONTRE-Á, PERTO ESTA DE VOCÊ!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A lei e a Justiça

Lya Luft
Veja 

Ando cansada da loucura humana. Ando exausta de tanto cinismo, maldade, perseguição aos homens de bem e impunidade aos pérfidos. Cansei do drama da juventude que, lúcida ou drogada, começa a roubar e matar, às vezes com requintes de crueldade, aos 12 anos - pouco mais, pouco menos: se apanhados, nem rodos poderão ser reintegrados na sociedade. Voltarão para novos crimes. Recentemente, aqui perto, um menino de 14 anos confessou na maior frieza o assassinato de dezessete pessoas. Quinze deles já foram confirmados.
“Matei, sim.” Talvez tenha acrescentado num dar de ombros: “E daí?”

Se não houver alguma grave interferência, ele sairá em breve para matar. Por ser menor de idade, como tantos assassinos iguais a ele, foi para uma dessas instituições de ressocialização nas quais não acredito. Logo estará livre para reiniciar com alegria sua atividade de assassino psicopata. E, se perguntarem a razão, tal vez diga como outro criminoso, quase uma criança, que assaltou um amigo meu, e repetia “vou te matar”.
Meu amigo perguntou por quê, e o menino respondeu com simplicidade: “Nada. Hoje saí a fim de matar alguém”.

Acredito firmemente que se deve reduzir a idade na qual alguém pode ser legalmente responsável por seus atos. Quando em outros países a idade mínima é de 14 anos, 12, e até menos, aqui, aos 16 podemos mudar o país através             do voto, mas se estupramos, matamos, roubamos, até os 18, pegamos uma leve - e breve - pena em uma instituição que (com raras exceções) reeduca os passíveis de melhoria,e deixa os psicopatas mais loucos.

Como nós, sociedade moderna, produzimos esse e outros dramas morais? Acusa-se pela criminalidade juvenil a família, que às vezes é apenas outra vítima, ou “a sociedade”, conceito vago que isenta de uma ação enérgica, enquanto se multiplicam os dramas, aumentam as tragédias, vítimas e criminosos deixando famílias destroçadas dos dois lados, sem solução à vista, além de teorias, livros e seminários com discursos pomposos mas pouco eficazes. Pouca é a vontade de mudar isso, que deveria começar com a educação em suas bases, mas o dinheiro e o esforço dedicados a isso têm sido irrisórios dentro do orçamento do país.

Além do mais, nada adiantará se não cumprirmos o que deve estar em qualquer Constituição: que a todo ser humano seja garantido tratamento digno e decente. Isso inclui as possíveis vítimas, que mereceriam uma sociedade menos violenta e autoridades mais eficazes, e de outro lado os criminosos, que deveriam ser submetidos a leis mais firmes e colocados - se for o caso - em prisões decentes onde possam trabalhar, produzir para seu próprio sustento, e quem sabe, aqui e ali, realmente voltar à sociedade regenerados, com nova oportunidade de mostrar isso.

Sou mais crédula do que cética, o que nem sempre é bom. Quando menina, me disseram que, se a geme cavasse fundo no jardim, esse poço daria no Japão, onde as pessoas andavam de cabeça para baixo (para eles, de pernas para o ar estaríamos nós). Adulta, descobri que a vida tem outros poços, nem todos divertidos. Um deles parece não ter fim: o poço dos escândalos nossos de cada dia, da nossa desolação e dos nossos enganos. Do desinteresse e da má vontade. Do poder dos maus e da fragilidade dos bons. E aí nem leis nem tribunais supremos ou mínimos nos ajudarão, se ficarem apenas na letra escrita ou submetidos a jogos de poder.

O poço tem fundo: o diabinho no meu ombro espia seu reflexo nele, para ver se não haverá alguma luz que o afugente. Resta descobrir quanto tempo se leva para chegar a esse fundo, e se, em lá chegando, descobriremos que a Senhora Justiça era apenas um mito, que talvez tenha suas razões para não tirar a venda e finalmente olhar para nós, sociedade doente, que não usamos um pano diante dos olhos, mas enrolamos a alma numa cortina escura. O diabinho rosna então uma das melhores frases sobre o assunto: “A lei nem sempre garante a justiça”.
.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Maneiras de dizer

O texto fala acerca do estado de quase "anomia" de valores e referencias que nossa sociedade vem atravessando nos últimos vinte anos.
Também, de certa forma, denuncia a pouca serventia em termos de esclarecimento à sociedade que nossos veículos de comunicação se prestam.
A propósito de ser o autor um filósofo arriscaria eu que a mídia trata tais neologismos, quase nos impondo, não como uma reflexão hermenêutica e sim "apedeutica".
Quando é que teremos um movimento nítido para mudar esta tendência? 
Quando??

Maneiras de dizer
Denis Lerrer Rosenfield
O Estado de S. Paulo

Maneiras de dizer são essenciais à sociabilidade humana e, com mais razão ainda, ao mundo político. Uma ação bem-sucedida, a que alcança seus objetivos, depende, e muito, de como as coisas são apresentadas, do tom da voz, do modo de escrever ao argumento propriamente dito. Quantas vezes observamos em nossa vida cotidiana que algo saiu "errado" pelo uso de uma palavra inconveniente, uma frase mal colocada ou um gesto indevido.

Uma aproximação amorosa se vê freada, quando não literalmente fracassada, pelo emprego de uma expressão mal usada, produzindo o afastamento. Quantos amigos de longa data nunca mais se falaram porque não se entenderam, porque suas falas ou seus escritos não foram devidamente "compreendidos". As histórias da literatura e da filosofia estão cheias de casos desse tipo. No mundo político, por sua vez, a forma de dizer e a de escrever são, por assim dizer, tudo, sobretudo em Estados democráticos que adotam procedimentos baseados em discursos, eleições, formação da opinião pública, efeitos retóricos e demagógicos. Instituições independentes como o Executivo, o Legislativo e o Judiciário empregam suas respectivas linguagens. Se um discurso não "pega", um político e um partido podem ver frustrados os seus projetos.

Assim, políticos e partidos, em vez de mostrarem o seu voraz apetite pelo poder, por cargos e privilégios, dizem que estão adotando uma "responsabilidade conjunta de governar", quando se trata de mero fisiologismo. A expressão "responsabilidade conjunta de governar" procura produzir um efeito positivo, enquanto a palavra fisiologismo tende a produzir o efeito contrário.

No mundo jornalístico e da mídia em geral, o uso de determinadas palavras já é dirimente na apresentação dos fatos, pois os próprios fatos são a sua forma de apresentação. O convencimento, frequentemente, já se produz mediante a utilização de certas palavras, expressões e frases. O leitor, o ouvinte e o telespectador são induzidos a adotar uma determinada posição positiva ou negativa em relação ao fato. Dependendo da palavra ou frase, o seu efeito já está garantido. Vejamos, por exemplo, como as palavras "progressistas" e "conservadores" são empregadas por certos formadores de opinião e por atores políticos e sociais. Aqui, aliás, já está subjacente a ideia de que ser "progressista" é um valor positivo, enquanto ser "conservador" é um valor negativo. Nessa perspectiva, querer conservar uma relação amorosa poderia ser considerado algo moralmente negativo, pois a mudança estaria do lado do positivo, o que poderia até, se o argumento for levado ao seu extremo, conduzir à consideração da libertinagem ou da promiscuidade enquanto valor moral superior. Neste caso, salta aos olhos a inadequação do uso desses conceitos. Mas será que a situação é substancialmente diferente quando nos movemos para outras esferas da atividade humana?

Peguemos o caso da legislação trabalhista brasileira. Datada do período Vargas, isto é, de um outro país e de um outro mundo, ela continua a vigorar, apesar de reformas menores. Ela está imbricada com toda uma legislação sindical, atrelando os sindicatos ao poder do Estado, passando ele a controlar os seus passos e também os seus recursos. Trata-se, evidentemente, de um projeto político que, num determinado momento, produziu resultados sociais satisfatórios. Aqui surge a ideia da mudança enquanto necessária em função de um mundo essencialmente outro, com novas tecnologias e novos meios de comunicação de massa. As atividades produtivas e empresariais mudam, então, essencialmente.

As transformações são de tal ordem que eram, há meio século e mais, literalmente impensáveis. O exemplo do computador é, talvez, o mais notável. Temos, porém, também as viagens aeroespaciais, os novos medicamentos e os novos exames médicos. Tudo mudou. No entanto, quando se pensa em adequar as legislações trabalhista e sindical a este novo mundo, surgem as vozes da discordância, dizendo-se "progressistas". Na verdade esse tipo de posição é profundamente "conservador", sendo os seus representantes sindicais tudo menos progressistas. O novo sindicalismo que nasceu no ABC paulista, sendo Lula o seu mais célebre representante, advogava pelo fim do imposto sindical, pela liberdade de escolha e considerava os representantes sindicais daquele então "pelegos", termo claramente depreciativo. Os "pelegos" estavam atrelados ao Estado, obedecendo aos governantes e usufruindo o imposto sindical e os privilégios desses cargos. Ora, o governo Lula terminou por aprofundar esse processo, fazendo as centrais passarem a gozar diretamente o imposto sindical, sem passar sequer pela fiscalização do Tribunal de Contas. Veja-se a situação curiosa. A palavra pelego desapareceu e os "novos pelegos", agora, se apresentam como "progressistas". Ou seja, "o pelego é o progressista"!

Outro caso particularmente notável é o de invasões de terras, porque é bem disso que se trata. Os "invasores" apresentam-se como "ocupadores", pois na primeira acepção haveria uma conotação negativa, enquanto na segunda apareceria uma acepção positiva, a de ocupar, por exemplo, um espaço vazio. Alguns jornalistas usam a palavra "ocupação de terras" porque já partem para a defesa da "invasão", procurando, evidentemente, velá-la. Trata-se de uma operação ideológica que, para ser bem-sucedida, depende de que os cidadãos passem a compreender "ocupação" em vez de "invasão". Poderíamos radicalizar o argumento mostrando que, nesse caso, a invasão de domicílios passaria a ser compreendida como uma "ocupação", em que os direitos dos proprietários cessariam de valer.

O mais esdrúxulo, todavia, é que os invasores são tidos por "progressistas", como se a invasão da propriedade alheia e a apropriação do trabalho e do esforço dos outros fosse um sinal inequívoco de "progresso". Que país pode, assim, progredir?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Martin Seligman sobre Psicologia Positiva (Psicologia da Felicidade) TED Talks - Fantástico!

Palestra EXCELENTE do TED Talks. =)

Dê uma olhadinha, pelo menos no que está em negrito! ;)

Martin Seligman on positive psychology | Video on TED..com (25 min)


Por mais de 60 anos, a psicologia trabalhou com o modelo de doença, e consistia em encontrar o que há de errado com você.

O bom é que há 60 anos nenhuma das doenças eram tratáveis, e agora 14 das doenças são tratáveis, 2 delas curáveis.

Outra coisa que aconteceu é que uma ciência se desenvolveu, uma ciência de doença mental.

Descobrimos que podemos usar conceitos pouco claros como depressão, alcoolismo, e medí-los com rigor; que podemos criar uma classificação das doenças mentais; que podemos entender as causas das doenças mentais;

Podemos observar as mesmas pessoas ao longo do tempo - pessoas que, por exemplo, são geneticamente vulneráveis à esquizofrenia, e perguntar qual a contribuição dos cuidados maternos, da genética, e podemos isolar outras variáveis, fazendo experimentos com as doenças mentais.

E o melhor de tudo, pudemos inventar tratamentos com remédios e psicológicos, e depois pudemos testá-los rigorosamente em testes com distribuição randômica e controle com placebos - jogar fora as coisas que não funcionaram e manter as que funcionaram.

A conclusão disso tudo é que a psicologia e a psiquiatria conseguem tornar pessoas extremamente infelizes em menos infelizes. Estou orgulhoso disso. Mas há 3 consequências:

  • A primeira é moral - psicólogos e psiquiatras se tornaram vitimólogos, patologizadores; nossa visão da natureza humana era que se você estivesse com problemas é porque caíram tijolos em você. E nos esquecemos que as pessoas fazem escolhas e tomam decisões. Esquecemos responsabilidade. Esse foi o primeiro ponto negativo.
  • O segundo ponto negativo foi que esquecemos de melhorar a vida de pessoas comuns. Esquecemos da missão de fazer pessoas relativamente sem problemas mais felizes, mais realizadas, mais produtivas, e "gênio", "talentoso", se tornaram palavras sujas. Ninguém trabalha com isso.
  • E o terceiro problema com o modelo de doença é, na nossa correria em fazer algo pelas pessoas com problemas, para fazer algo para consertar danos, nunca nos ocorreu desenvolver intervenções para fazer as pessoas mais felizes, intervenções positivas.

Foi isso que levou pessoas como Nancy Etcoff, Dan Gilbert, Mike Csikszentmihalyi e eu mesmo a trabalhar com algo que chamo de psicologia positiva, que tem 3 objetivos:

  • O primeiro é que a psicologia deveria estar tão preocupada com os pontos fortes do ser humano quanto com suas fraquezas.
  • Deveria estar tão preocupada com desenvolver os pontos fortes quanto com consertar danos.
  • Deveria se interessar pelas melhores coisas da vida, e deveria se dedicar à fazer a vida de pessoas comuns mais gratificante e a desenvolver genialidade, promover talentos.

Então durante os últimos 10 anos, temos visto o começo de uma ciência de psicologia positiva: uma ciência sobre o que faz a vida valer a pena.

Acontece que podemos medir diferentes formas de felicidade. E qualquer um de vocês, de graça, pode visitar o websiteAuthenticHappiness.org e fazer toda a gama de testes de felicidade. Vocês podem consultar como se comparam em relação a emoções positivas, a sentido, a fluidez (flow), com dezenas de milhares de outras pessoas.

Criamos o oposto do manual de diagnóstico de insanidades: uma classificação dos pontos fortes e virtudes que considera como se comportam em homens e mulheres, como são definidos, como diagnosticá-los, o que os constrói e o que os atrapalha.

Percebemos que podíamos descobrir as causas dos estados positivos, a relação entre atividade no hemisfério esquerdo e atividade no hemisfério direito como causa de felicidade.

Começando há 6 anos, perguntamos sobre pessoas extremamente Felizes, e como elas se diferenciam do resto de nós?

Elas não são mais religiosas, não estão em melhor forma, não têm mais dinheiro, não são mais bonitas, não têm mais situações boas e menos situações más.

A única maneira pela qual se diferenciam: elas são extremamente sociais. Elas não passam tempo sozinhas. Cada uma delas está em um relacionamento amoroso e cada uma tem um repertório rico de amigos.

Mas prestem atenção. Estes são apenas dados correlacionais, não causais, e é sobre felicidade primeiro no sentido Hollywoodiano que vou falar: felicidade transbordante e risadinhas e bem estar. Afirmo a vocês que isto não está perto de ser suficiente.

Descobrimos que podíamos começar a olhar as intervenções ao longo dos séculos, do Buda a Tony Robbins. Cerca de 120 intervenções foram propostas que se afirma que tornam as pessoas mais felizes.

E constatamos que pudemos procedimentar muitas delas, e realizar estudos de eficácia e eficiência com distribuição randômica. Isto é, quais intervenções tornam as pessoas felizes de forma duradoura?

Além da missão de curar os que possuem doenças mentais, e além da missão de tornar pessoas extremamente infelizes menos infelizes, é se a psicologia realmente pode tornar as pessoas mais felizes?

Acredito que há 3 vidas felizes diferentes:

  • A primeira vida feliz é a vida prazerosa. Uma vida na qual você tem tantas emoções positivas quanto puder, e as habilidades para amplificá-las.
  • A segunda vida é uma vida de envolvimento. Uma vida de trabalho, cuidados com os filhos, amores, lazeres, o tempo pára para você. É sobre isso que Aristóteles falava (endemonia).
  • E terceiro, a vida com significado. Agora quero falar um pouco sobre cada uma destas vidas e o que sabemos sobre elas.

A primeira vida é a vida prazerosa e é simplesmente o melhor que pudermos encontrar, é ter todos os prazeres que puder, toda a emoção positiva que puder, e aprender as habilidades, saborear, atenção no presente, que os amplifiquem, que os alongue pelo tempo e espaço.

Mas a vida prazerosa tem 3 inconvenientes, e é por isso que a psicologia positiva não é felicidadologia.

O primeiro inconveniente é o fato de que a vida prazerosa, a sensação de emoção positiva, é cerca de 50% hereditária, e na verdade não muito alterável.

Em segundo lugar, acostuma-se rápido com a emoção positiva. É como sorvete de baunilha, a primeira mordida é 100%, mas ao chegar na sexta mordida, já era.

E isso leva à segunda vida. E eu tenho que contar-lhes sobre meu amigo, Len. Em duas das três grandes áreas da vida, Len tinha um enorme sucesso.

A primeira área era o trabalho. Quando estava com 20 anos, era um negociante de opções de ações. Quando estava com 25, era um multi-milionário e o dono de uma empresa de corretagem de opções.

A segunda área, o jogo: ele é um jogador campeão nacional de bridge.

Mas na terceira grande área da vida, amor, Len é um fracasso absoluto. E a razão disso era que Len tem sangue frio. É um introvertido. As mulheres americanas diziam ao Len, quando saíam com ele "você não é divertido, vai passear".

Len era rico o suficiente para poder pagar psicanalistas famosos, os quais por cinco anos tentaram encontrar o trauma sexual que de alguma forma havia trancado sua emoção positiva dentro de si. Mas acontece que não havia trauma sexual.

A pergunta é, Len é infeliz? E eu quero dizer que não. Penso que Len é uma das pessoas mais felizes que conheço. Ele não está condenado ao inferno da infelicidade e a causa disso é que Len, como a maioria de vocês, é enormemente capaz de fluidez (flow).

Quando ele entra na bolsa de valores às 9:30h, o tempo pára para ele. E pára até o fechamento. Quando a primeira carta é jogada, até 10 dias depois quando o torneio está encerrado, o tempo pára para Len.

E é sobre isso, de fato, que Mike Csikszentmihalyi tem falado, sobre fluidez (flow), e é diferente de prazer de uma maneira muito importante. O prazer é um sentimento puro: você sabe que está acontecendo. É pensamento e sentimento.

Durante a fluidez, você não sente nada. Você e a música são um só. O tempo pára. Você tem intensa concentração. E esta é realmente a característica do que consideramos boa vida.

Achamos que há uma receita pra isso, e é saber quais são seus melhores pontos fortes. E de novo, há um teste válido de quais são seus 5 pontos fortes. E então remodelar sua vida para usá-los o máximo possível. Remodelar seu trabalho, seu amor, seus jogos, suas amizades, seus cuidados com os filhos.

Apenas um exemplo: uma pessoa com quem trabalhei era um empacotador em um supermercado. Odiava seu trabalho. Ela está trabalhando para pagar a faculdade. Seu ponto mais forte era inteligência social, então ela remodelou empacotar para fazer do encontro com ela o ponto alto social do dia de cada cliente.

É claro que ela falhou. Mas o que ela fez foi pegar seus pontos fotes, e remodelar o trabalho para usá-los o máximo possível. O que você consegue com isso não é um sorriso de orelha a orelha. O que você consegue é mais absorção. Então esse é o segundo caminho.

O primeiro caminho, emoções positivas. O segundo caminho é o da fluidez da eudemonia.

E o terceiro caminho é o significado. Esta é a mais venerável das felicidades, tradicionalmente. E significado nesta visãoconsiste em saber quais são seus pontos fortes, e usá-los para pertencer a e em serviço de algo maior que você.

Eu mencionei que para todos os três tipos de vida, a vida prazerosa, a vida boa, a vida com sentido, as pessoas estão trabalhando para responder a pergunta: existem coisas que mudam estas vidas de forma duradoura?

E a resposta parece ser sim. E vou dar-lhes alguns exemplos disso. Isto tem sido feito de uma maneira rigorosa. Fazemos randomização, controle de placebo, estudos de longo prazo de diferentes intervenções.

E apenas para exemplificar o tipo de intervenções que descobrimos que têm efeito, quando ensinamos às pessoas sobre a vida prazerosa, como ter mais prazer em sua vida, uma das tarefas é pegar as habilidades de atenção no presente, habilidades de saborear, e lhe damos a tarefa de criar um lindo dia.

No próximo sábado, separe um dia, crie um lindo dia para você, saboreando e ficando atento no presente para realçar estes prazeres. E podemos mostrar que deste modo a vida prazerosa é melhorada.

Visita de gratidão. Gostaria que lembrassem de alguém que fez algo imensamente importante que mudou sua vida em uma direção boa, e a quem você nunca agradeceu apropriadamente. A pessoa tem que estar viva. Eu espero que todos vocês tenham uma pessoa como essa.

Sua tarefa é escrever um depoimento de 300 palavras para essa pessoa, telefonar para ela, perguntar se pode visitá-la, não diga o porquê, aparecer na porta da casa dela, você lê o depoimento. O que acontece é que quando testamos as pessoas uma semana, um mês, três meses depois? Ambas estão mais felizes e menos deprimidas.

Outro exemplo é um encontro de pontos fortes, no qual pedimos à casais para identificar seus pontos mais fortes no teste de pontos fortes, e então projetar uma tarde na qual ambos usem seus pontos fortes, e percebemos que este é um fortalecedor de relacionamentos.

E diversão versus filantropia. Nós fazemos com que as pessoas façam algo altruístico e algo divertido, e comparem. E o que se descobriu é que quando você faz algo divertido tem a forma de uma onda quadrada. Quando você faz algo filantrópico para ajudar outra pessoa, isso dura e dura. Então estes são exemplos de intervenções positivas.

Então a penúltima coisa que quero dizer é que estamos interessados em quanta satisfação com a vida as pessoas têm, pois isso mostra como você realmente é . E esta é nossa variável objetivo.

Fazemos a pergunta em função das três diferentes vidas, quanta satisfação com a vida você tem?

Então perguntamos - e temos feito isso em 15 repetições envolvendo milhares de pessoas - em que extensão a busca pelo prazer, a busca por emoção positiva, a vida prazerosa, a busca de envolvimento, o tempo parando para você, e a busca por sentido contribuem para a satisfação com a vida?

Nossos resultados nos surpreenderam, foram o oposto do que pensávamos.

Acontece que a busca pelo prazer não tem quase nenhuma contribuição para a satisfação com a vida.

A busca por sentido é a mais forte. A busca de envolvimento também é muito forte. Onde o prazer importa, é quando você tem tanto envolvimento quanto significado, aí o prazer é a cereja com chantily.

Isto quer dizer que na vida completa, a soma é maior que as partes se você tem todas as três. Inversamente, se você não tem nenhuma das três, é a vida vazia.

E o que estamos perguntando agora é se saúde física, morbidez, longevidade e produtividade, seguem a mesma relação?

Isto é, em uma empresa, será que a produtividade é uma função da emoção positiva, do envolvimento e do sentido?

Será que a saúde é uma função de envolvimento positivo, de prazer, e de significado na vida?

Há motivos para se pensar que a resposta para ambas estas perguntas pode muito bem ser sim.

Nós todos sabemos que tecnologia, entretenimento e design têm sido, e podem ser, usados para fins destrutivos.

Nós também sabemos que tecnologia, entretenimento e design podem ser usados para aliviar miséria.

E a propósito, a diferença entre aliviar miséria e construir felicidade é extremamente importante.

Eu pensava, quando eu me tornei um terapeuta há 30 anos, que se eu fosse bom o suficiente para tornar alguém não deprimido, não ansioso, sem raiva, que eu o faria feliz. Eu descobri que o melhor que se podia fazer era chegar a zero. Mas eles estavam vazios.

O paralelismo que isso mantém com a tecnologia, entretenimento e design, acredito, é que é possível que estes três motores do nosso mundo aumentem a felicidade, aumentem a emoção positiva, e é assim que eles tipicamente têm sido usados.

Mas uma vez que você fracione a felicidade da maneira que eu faço, não apenas em emoção positiva - isso não está nem perto de ser suficiente - há também a fluidez na vida, e há sentido na vida.

Eu acredito que também entretenimento, tecnologia e design, podem ser usados para aumentar também o envolvimento e o significado da vida.

Para concluir, com tecnologia, entretenimento e design, nós podemos de fato aumentar a quantidade de felicidade humana no planeta.

Se a tecnologia, o entretenimento e design puderem na próxima década, ou na seguinte, aumentar a emoção positiva, eudemonia, fluidez, e significado, o que estamos todos fazendo juntos se tornará suficientemente bom.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Receita de Ano Novo - Carlos Drummond de Andrade

Receita de Ano Novo - Carlos Drummond de Andrade

Acabaram-se minhas férias, 2011 começa para mim agora.

Vamos com tudo nesse novo ano, meus amigos.

Há MUITO o que fazer. ;) abraços.


“Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano novo,
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de MERECÊ-LO,
tem de FAZÊ-LO NOVO, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.”


(Carlos Drummond de Andrade)

Sobrecapacidade Significa que podemos capturar um cruzeiro de até 75% Off


Sobrecapacidade Significa que podemos capturar um cruzeiro de até 75% Off

Overcapacity Means You Can Nab a Cruise at Up To 75% Off
Um cruzeiro de luxo é uma das alegrias puras da vida.forros moderna de hoje cruzeiro são maravilhas da engenharia; flutuante hotéis de 5 estrelas que oferece o melhor serviço, alojamento, gastronomia e atividades. Eles visitam lugares exóticos, com o relaxamento non-stop ou estimulação, dependendo do seu prazer.
Ao longo dos últimos anos, empresas de cruzeiros não poupou gastos e, literalmente, investiram bilhões em mandíbula-largando super navios. Mesmo que você tenha cruzado antes, você provavelmente não tinha experimentado nada como essas novas maravilhas.
Mas, a melhor notícia é que, devido ao abrandamento da viagem causada pela recessão e um excesso de capacidade na indústria, os viajantes podem reservar agora esclarecido, uma vez-em-um-vida cruzeiros a preços insana baixos.
Como é que 75 por cento fora do preço de catálogo de som? Acredite ou não, é possível através de uma empresa chamada Férias To Go , um dos America's Largest Cruise Agencies.
Fundada há mais de 25 anos atrás, Férias To Go percebeu que tomar um cruzeiro de férias foi uma experiência nova para muitos. Eles partiram para construir um serviço online para ajudar as pessoas a aprender tudo o que precisa saber para encontrar as melhores férias do cruzeiro possível, com o melhor preço possível.
Férias To Go é o lar de uma vasta selecção de cruzeiros de férias marca de topo, e informações detalhadas sobre cada linha de cruzeiros e navios de cruzeiro. Os clientes podem ver o mais recente em novas promoções e ofertas, comprar pela categoria, e comparar preços de relance.
Mas, que sobre os descontos?
Devido a enormes custos envolvidos na construção e operação de navios de luxo de hoje, linhas de cruzeiros querem que os seus navios a navegar com tão poucas cabines vazias possível.
Assim, eles se voltam para os parceiros de confiança como Férias To Go para vender este estoque "excesso" com grandes descontos, permitindo que as companhias de cruzeiro para começar ainda tarifa completa dos pacotes de viagens que vendem diretamente.
Os descontos que autorizam Férias To Go para oferecer pode ser tanto quanto 75 por cento sobre a tarifa de preços completa. O que isso significa para você: Simplificando, é a oportunidade de tomar uma vez-em-um-vida de cruzeiro de luxo por um preço que o torna acessível a qualquer orçamento.
Férias To Go também desenvolveu um melhor preço e serviço de garantia, que garante que irá cumprir qualquer outro preço autorizado - assim, se conseguir o melhor negócio é importante, não procure mais.
Se você não estiver pronto para reservar o seu cruzeiro imediatamente, inscrever-se para Férias To Go's boletim gratuito pode ajudar você a se manter informado sobre todos os descontos espetaculares que se tornam disponíveis, como linhas de cruzeiro procurar preencher as suas restantes cabines vazias diante de seus cruzeiros partem.  
Este ano, parece que todo mundo está de cruzeiro - e, por boas razões. Após vários anos de austeridade, as pessoas estão percebendo que um cruzeiro de férias é hoje um dos grandes valores em viagens.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Silenciosamente, bilhões de abelhas estão morrendo!





As abelhas estão morrendo em todo o mundo, colocando em perigo a nossa cadeia alimentar. Os cientistas culpam os agrotóxicos e quatro governos europeus já os proibiram. Se conseguirmos queos EUA e a União Europeia se unam à proibição, outros governos ao redor do mundo poderão seguir o exemplo e salvar da extinção milhares de abelhas. Assine a petição e encaminhe este apelo urgente: 
Silenciosamente, bilhões de abelhas estão morrendo, colocando toda a nossa cadeia alimentar em perigo. Abelhas não fazem apenas mel, elas são uma força de trabalho gigante e humilde, polinizando 90% das plantas que produzimos. 
Vários estudos científicos mencionam um tipo de agrotóxico que contribui para o extermínio das abelhas. Em quatro países Europeus que baniram estes produtos, a população de abelhas já está se recuperando. Mas empresas químicas poderosas estão fazendo um lobby pesado para continuar vendendo estes venenos. A única maneira de salvar as abelhas épressionar os EUA e a União Europeia para eles aderirem à proibição destes produto letais - esta ação é fundamental e terá um efeito dominó no resto do mundo. 

Não temos tempo a perder - o debate sobre o que fazer está esquentando. Não se trata apenas de salvar as abelhas, mas de uma questão de sobrevivência. Vamos gerar um zumbido global gigante de apelo à UE e aos EUA para proibir estes produtos letais e salvar as nossas abelhas e os nossos alimentos. Assine a petição de emergência agora, envie-a para todo mundo, nós a entregaremos aos governantes responsáveis: 

https://secure.avaaz.org/po/save_the_bees/?vl 

As abelhas são vitais para a vida na Terra - a cada ano elas polinizam plantas e plantações com um valor estimado em US$40 bilhões, mais de um terço da produção de alimentos em muitos países. Sem ações imediatas para salvar as abelhas, poderíamos acabar sem frutos, legumes, nozes, óleos e algodão.

Nos últimos anos, temos visto um declínio acentuado e preocupante a nível global das populações de abelhas - algumas espécies de abelhas estão extintas e outras chegaram a 4% da população no passado. Cientistas vêm lutando para obter respostas. Alguns estudos afirmam que o declínio pode ser devido a uma combinação de fatores, incluindo doenças, perda de habitat e utilização de produtos químicos tóxicos. Mas um importante estudo independente recente produziu evidências fortes culpando os agrotóxicos neonicotinóides. A França, Itália, Eslovênia, e até a Alemanha, sede do maior produtor do agrotóxico, a Bayer, baniram alguns destes produtos que matam abelhas. Porém, enquanto isto, a Bayer continua a exportar o seu veneno para o mundo inteiro. 

Este debate está esquentando a medida que novos estudos confirmam a dimensão do problema. Se conseguirmos que os governantes europeus e dos EUA assumam medidas, outros países seguirão o exemplo. Não vai ser fácil. Um documento vazado mostra que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA já sabia sobre os perigos do agrotóxico, mas os ignorou. O documento diz que o produto da Bayer é "altamente tóxico" e representa um "grande risco para os insetos não-alvo (abelhas)". 

Temos de fazer ouvir as nossas vozes para combater a influência da Bayer sobre governantes e cientistas, tanto nos EUA quanto na UE, onde eles financiam pesquisas e participam de conselhos de políticas agrícolas. Os reais peritos - apicultores e agricultores - querem que estes agrotóxicos letais sejam proibidos, a não ser que hajam evidências sólidas comprovando que eles são seguros. Vamos apoiá-los agora. Assine a petição abaixo e, em seguida, encaminhe este alerta: 

https://secure.avaaz.org/po/save_the_bees/?vl 

Não podemos mais deixar a nossa cadeia alimentar delicada nas mãos de pesquisas patrocinadas por empresas químicas e os legisladores que eles pagam. Proibir este agrotóxico é um caminho necessário para um mundo mais seguro tanto para nós quanto para as outras espécies com as quais nos preocupamos e que dependem de nós. 

Com esperança, 

Alex, Alice, Iain, David e todos da Avaaz 

Leia mais: 

Itália proibe agrotóxicos neonicotinóides associados à morte de abelhas: 
http://www.ecodebate.com.br/2008/09/22/italia-proibe-agrotoxicos-neonicotinoides-associados-a-morte-de-abelhas/ 

O desaparecimento das abelhas melíferas:
http://www.naturoverda.com.br/site/?p=180 

Alemanha proíbe oito pesticidas neonicotinóides em razão da morte maciça de abelhas:
http://www.ecodebate.com.br/2008/08/30/alemanha-proibe-oito-pesticidas-neonicotinoides-em-razao-da-morte-macica-de-abelhas/ 

Campos silenciosos:
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/campos_silenciosos_imprimir.html 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Os 5 Principais Arrependimentos de Pacientes Terminais

Vi no Ben Casnocha e me lembrei no LLL.

Post original: REGRETS OF THE DYING | Inspiration and Chai

Bronnie Ware trabalha com tratamentos paliativos para pacientes próximos do fim de suas vidas. Ela escreve sobre os principais arrependimentos que revelaram no leito de morte.


Carolynne em seu aniversário, 2 semanas antes de sua morte.
A fotografia é parte da 
série que ganhou o Pultizer em 2008.
A série vencedora em 2007 teve um tema parecido.


Os 5 Principais Arrependimentos de Pacientes Terminais

1. Eu queria TER TIDO A CORAGEM DE VIVER UMA VIDA VERDADEIRAMENTE MINHA, NÃO AQUELA QUE OS OUTROS ESPERAVAM.

Esse é o arrependimento mais comum. Quando as pessoas reconhecem que suas vidas estão acabando e olham para o passado com clareza, é fácil ver muitos sonhos que não realizados.

A maioria das pessoas não honra nem metade de seus sonhos e terão que morrer sabendo que foram escolhas delas.

2. Eu queria NÃO TER TRABALHADO TANTO.

Esse vem de cada paciente homem que eu cuidei. Perderam a juventude de seus filhos e a companhia de suas companheiras.

Mulheres também citam esse arrependimento. A maioria vem de uma geração mais antiga, muitas não eram chefes de família.

Todos os homens que cuidei se arrependeram profundamente de dedicar tanto de suas vidas ao trabalho.

Simplificando seu estilo de vida e fazendo escolhas conscientes pelo caminho, é possível viver sem todo o dinheiro que você pensa que precisa.

E criando mais espaço para sua vida, você se torna mais feliz e aberto a novas oportunidades, mais adequadas ao seu novo estilo de vida.

3. Queria TER TIDO CORAGEM DE EXPRESSAR MEUS SENTIMENTOS.

As pessoas reprimem seus sentimentos para manter a paz com os outros. Como resultado, estabelecem uma existência medíocre e nunca se tornam aquilo que são capazes. Muitos desenvolvem doenças relacionadas a amargura e ressentimento que carregam.

Nós não podemos controlar as reações dos outros. As pessoas inicialmente irão reagir quando você mudar o seu jeito e falar com franqueza, mas no fim isto levará a relação para um novo e mais saudável patamar. Ou retirará as relações negativas da sua vida. De qualquer forma, você ganha.

4. Eu queria TER MANTIDO CONTATO COM MEUS AMIGOS.

Frequentemente eles não percebem os benefícios de velhas amizades até suas últimas semanas de vida, e nem sempre é possível reavê-las.

Alguns se tornaram tão bitolados nas próprias vidas que deixaram amizades de ouro definharem através dos anos.

Há muito arrependimento em não dar às amizades o tempo e esforço que mereciam. Todos sentem falta de seus amigos quando estão morrendo.

É comum que pessoas com uma vida ocupada deixem as amizades definharem. Mas quando você enfrenta uma morte eminente, os detalhes físicos da vida não importam.

Todos querem ter suas finanças em ordem se possível. Mas não há dinheiro ou status que sustente a verdadeira importância deles.

As pessoas querem as coisas em ordem para o benefício daqueles que amam. A maioria, no entanto, fica muito doente ou cansada para pensar nisso.

Tudo se resume em amor e relacionamentos no final. Isso é tudo que fica nas semanas finais, amor e relacionamentos.

5. Eu queria TER ME PERMITIDO SER MAIS FELIZ.

Essa é surpreendemente uma comum. A maioria não percebe que felicidade é uma escolha. Ficaram presos em velhos padrões e hábitos.

O chamado "conforto" da familiaridade sobrepôs suas emoções, assim como suas vidas físicas. Medo da mudança os levaram a fingir para os outros, e para si mesmos, de que estavam contentes.

Lá no fundo, sentem falta de dar boas risadas e de ter um pouco de amenidades na suas vidas novamente.

Quando você está no leito de morte, o que os outros pensam de você fica longe da sua mente. Como seria maravilhoso ser capaz de deixar fluir e sorrir de novo, muito antes de estar morrendo.

Vida é escolha. A vida é SUA. Escolha com consciência, com sabedoria, com honestidade. Escolha ser feliz.

A EDUCAÇÃO COMO SAÍDA

ZERO HORA (RS)


O Brasil demonstrou capacidade de fazer sua economia crescer em proporções adequadas para elevá-lo à condição de potência global, mas não consegue avançar no mesmo ritmo quando o tema de casa é educação. Nos cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 14,1 milhões de brasileiros com idade acima de 15 anos – bem mais do que o dobro de toda a população catarinense, por exemplo – não conseguem decifrar as palavras de um texto como este. Nada menos de 30 milhões – quantidade superior à soma da população dos três Estados da Região Sul ou à de todos os habitantes da Venezuela – até identificam os termos usados neste editorial, mas não conseguem interpretar frases, por terem menos de quatro anos de estudo e serem considerados analfabetos funcionais. O resultado dessa condição são constrangedoras limitações cotidianas no plano individual e dificuldades para o país firmar seu espaço num mundo baseado cada vez mais no conhecimento.

Cidadãos sem condições de ler e escrever têm dificuldade de prosseguir nos estudos. Por isso, mesmo com uma melhora nas estatísticas, os estudantes brasileiros continuam entre os últimos da fila em leitura, ciências e matemática no mais recente ranking internacional divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Sem aptidão para identificar letras ou palavras e para estabelecer relações entre elas, milhões de brasileiros simplesmente paralisam diante de um manual de instruções, de um formulário de computador ou mesmo de operações aritméticas simples. Pelas mesmas razões, nem sempre conseguem contra-argumentar numa conversa envolvendo diferentes pontos de vista, o que restringe a sua consciência crítica e a capacidade de inovação do país.

O avanço necessário para garantir mais qualidade à aprendizagem depende predominantemente de maior atenção aos níveis Fundamental e Médio. Entre as prioridades com as quais os novos governantes, em âmbito estadual e federal, devem se comprometer a partir de janeiro, estão a garantia de que toda criança esteja alfabetizada até os oito anos e o ataque às causas da repetência e da evasão escolar – incluídas sempre entre as razões que levam tantos alunos a sequer concluir o Ensino Básico. Os estudantes precisam contar com a opção do ensino técnico. E, obviamente, devem ser ampliadas as oportunidades de acesso ao nível universitário, para quem quiser seguir adiante.

A melhoria do ensino no país depende da aplicação de políticas públicas adequadas nesta área, com visão de longo prazo e ênfase aos exames de avaliação. Depende também de melhorias das condições sociais dos pais, de maneira geral, aos quais deve ser propiciado maior acesso à informação e ao aprimoramento pessoal. Ainda assim, só é possível pensar em avanços nas proporções necessárias se o magistério firmar-se como uma atividade nobre, tornando-se uma opção para profissionais realmente motivados a ensinar. A mudança implica alternativas adequadas de formação acadêmica, boas condições de exercício da profissão, remuneração condizente e oportunidades de premiação por mérito para quem realmente se destacar na atividade.

Um país com pretensões de se colocar entre os grandes não pode continuar abrigando num mundo à parte populações equivalentes a verdadeiras nações de iletrados. Por isso, é hora de tocar a sineta, convocando brasileiros para a sala de aula, do bê-á-bá da Educação Infantil ao ensino de pós-graduação e à pesquisa, propiciando oportunidades de um futuro melhor para todos os cidadãos.